Por: Agnaldo Barros
Apesar de um texto final muito frágil, no que concerne aos grandes problemas que a região vive, ambientalistas e especialistas afirmam que foi muito proveitoso o diálogo entre os representes dos países membros da Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia. O evento que reuniu presidentes de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, deu origem a "Declaração de Belém", o principal legado da Cúpula da Amazônia.
Muitos problemas deixaram de ser abordados, ou não tiveram medidas concretas, infelizmente. Um exemplo é que não foi vetada a exploração de petróleo na região, e os representantes dos oito países deixaram de assumir metas comuns quanto ao desmatamento.
A expectativa era que fossem acertados compromissos, como desmatamento zero até 2030 em todos os países membros e ainda metas de redução de emissões de poluentes.
No início da Cúpula, o Cacique Reino, uma das principais lideranças indígenas do Brasil, entregou uma carta ao presidente Lula, pressionando por ações imediatas na proteção dos povos indígenas, remoção de garimpeiros e alertando atividades ilegais na Amazônia.
Havia expectativa de uma ação conjunta dos países participantes contra o desmatamento do bioma, mas ficou muito superficial.
Apesar de o encontro ter tido bons resultados, muitos problemas que deveriam ter prioridades, ficaram sem uma solução firmada. Muitos especialistas fizeram críticas pela superficialidade em relação a solução de diversos problemas que a Amazônia enfrenta.
Comentarios