O jogo entre Peñarol e Botafogo, pela semifinal da Libertadores, será no estádio Centenário, em Montevidéu, com as duas torcidas. A decisão foi oficializada na noite desta terça-feira. A partida começa às 21hs e 30 minutos, horário de Brasília.
O dia foi marcado por várias reuniões para essa definição. Estiveram envolvidos a Conmebol, o governo do Uruguai, a Associação Uruguaia de Futebol e os clubes envolvidos na partida.
O Ministro do Interior do Uruguai, Nicolas Martinelli, fez um pedido formal à Associação Uruguaia de Futebol (AUF) para que a partida fosse com torcida única. O motivo era a falta de condições de segurança após os conflitos no Rio de Janeiro envolvendo a torcida do Peñarol. A Conmebol, porém, exigiu a presença dos botafoguenses e ameaçou mudar o país da partida ou fazer com portões fechados.
Em entrevista coletiva, as autoridades do Uruguai sugeriram a troca para o Centenário. Pouco depois, a Conmebol oficializou a troca. Participaram dos esclarecimentos à imprensa o diretor da Polícia Nacional, José Manuel Azambuya, o chefe de estado Kerman Da Rosa e o subdiretor executivo da Polícia Efraín Abreu.
Muitas partidas relevantes foram disputadas no Campeón del Siglo, mas não com a magnitude desta, com tudo o que aconteceu no Brasil, inclusive em vias públicas. Temos informações de inteligência que não podemos compartilhar, e pela natureza delas entendemos que estádio do Peñarol não pode receber o jogo. As vias de evacuação que o Centenário possui fazem dele o melhor cenário para o jogo.
José Manuel Azambuya, diretor da Polícia Nacional do Uruguai
A escolha é pela localização do Estádio Centenário. O local tem 60 mil ligares, enquanto o Campeón Del Siglo tem 40 mil. Assim, os visitantes ficam acomodados em maior segurança. Além disso, o estádio fica em uma área central da cidade e cercado de parques, dando mais espaço para o deslocamento das pessoas.
A CBF fez a parte dela, institucional, de ir em defesa do seu filiado. Tem um regulamento. Se não pode ter torcedor do Botafogo, seria ferido. Teve torcedor do Peñarol aqui. Defendemos o regulamento. E também que a segurança não fosse descuidada
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF
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